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08 JUN

Comunicação corporativa - uma via de duas mãos

O mercado de comunicação corporativa, tanto empresas que oferecem serviços quanto contratantes, precisa definitivamente mudar sua visão do segmento. Venho batendo nesta tecla há um bom tempo e, ao assistir as palestras do presidente da Abracom, Associação Brasileira das Agências de Comunicação, Daniel Bruin, e do professor, escritor e consultor Augusto Cruz, no último dia 31 de maio, senti uma imensa satisfação e ao mesmo tempo percebi que ainda temos um grande desafio pela frente.


Estamos num ambiente de negócios onde as decisões são tomadas de forma imediatista, para apagar incêndios e não para preveni-los. Como consequência a reputação das empresas segue por água abaixo em questão de segundos, uma imagem construída ao longo de décadas e que envolveu muito investimento. As grandes crises provocadas por escândalos de corrupção, negligência com pessoas e com o meio ambiente estão aí registradas para sempre na história.
Daniel Bruin, em sua exposição, abordou as consequências de não se desenvolver relacionamentos sólidos e frequentes com os stakeholders.  Se nos recusamos a abrir as portas da empresa quando somos procurados pela sociedade, será que seremos bem recebidos por ela quando precisarmos de aliados?


Engana-se a empresa que acredita poder caminhar sozinha, sem se comunicar intensamente com seus públicos. O presidente da Abracom também abordou a falta de investimento em marca, de transparência e de governança, como fatores de grande risco para a reputação. Estamos num cenário onde somos muito mais cobrados pelos consumidores, órgãos regulatórios, ONGS, e pela sociedade em geral, que se manifesta diariamente nas redes sociais. Como ignorar isso e se isolar?


A comunicação é a grande ponte com stakeholders. Uma boa gestão do relacionamento com os diversos públicos é imperioso para o sucesso de qualquer negócio. Quem assim não age, estará sempre numa corda bamba. Daniel Bruin enfatizou que a boa reputação oferece um "colchão" para enfrentar as crises,  proporciona um bom ambiente de negócios, conquista o respeito dos concorrentes. A empresa, que desfruta de boa imagem, atrai talentos, tem facilidade de captar recursos, é desejada por bons fornecedores.  Então: dá para abrir mão dos investimentos em marca e na comunicação de sua empresa?


Quando fundamos a Lume Comunicação Integrada, antiga Mais Comunicação, em 1985, a primeira agência de comunicação corporativa da Bahia, o mercado não conhecia a importância das relações com a imprensa. Hoje já se valoriza estas ações, porém ainda se ignora que a boa reputação é construída em comunhão com toda a sociedade e não apenas com jornalistas. Esta é uma importante missão das agências de comunicação corporativa, que atuam estrategicamente na construção e solidificação dessas relações, para o bem de todos, não só de seus clientes.


O consultor Augusto Cruz abordou em sua palestra, a importância da comunicação corporativa nas ações de ESG. Afinal, as boas práticas de governança corporativa, as ações ligadas ao meio ambiente, à erradicação da pobreza e redução das injustiças sociais precisam ser comunicadas, para que se conquiste, não só boa reputação, mas principalmente aliados na construção desses cenários. O mundo mudou e as empresas precisam acompanhar estes novos tempos para a sua própria sobrevivência, mas principalmente para alcançarem suas metas e objetivos, que deverão estar sempre em harmonia com toda a sociedade. 

 

Cristina Barude
Especialista em Comunicação Corporativa e Liderança Coaching

 

 

 

 

Lume Comunicação

A Lume Comunicação, agência com 30 anos de mercado, que busca, através de estratégias inteligentes, integradas e modernas, ampliar a comunicação dos clientes junto aos seus diversos públicos de interesse, contribuindo com o sucesso das instituições que assessora.
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