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Assessoria de imprensa ganha força contra fake news

Muito já se falou sobre a extinção das mídias tradicionais que seria determinada pelo
crescimento dos canais digitais, especialmente as redes sociais. Várias previsões foram feitas,
condenando à morte o jornal impresso, a televisão e o rádio. E consequentemente, a atividade
de assessoria de imprensa também estaria destinada ao fim.

No entanto, as grandes agentes renovadoras da força das mídias offline foram as fake news,
disseminadas em massa através dos aplicativos de mensagens. Pela facilidade em compartilhar
informações, as pessoas menos avisadas passam adiante os conteúdos com as quais se
identificam. Como estas informações geralmente são enviadas por pessoas da família ou
amigos, os receptores não se dão ao trabalho de conferir a veracidade das notícias. E aí o
estrago já foi feito.

Dentro desta nova realidade, os meios de comunicação tradicionais voltam a se tornar
referência no quesito credibilidade e confiabilidade por praticarem o verdadeiro jornalismo,
aquele que checa todos os ângulos da notícia, entrevistando fontes com opiniões divergentes.
A partir do momento em que este fenômeno acontece, a assessoria de imprensa também se
consolida como atividade indispensável a instituições públicas ou privadas, que querem ter voz
e se comunicar com a comunidade. Diferentemente da propaganda, em que a mensagem é
paga para ser veiculada, a assessoria de imprensa atua como intermediária entre as fontes e os
meios de comunicação, para transmitir a notícia, facilitando o acesso às informações de
interesse público. Desta forma, a notícia divulgada por estes meios tem a chancela do
jornalismo sério, independente e imparcial.

Há 35 anos, quando a Lume Comunicação Integrada surgiu na Bahia, por iniciativa da assessora
de comunicação e jornalista Nilza Barude, éramos a primeira agência deste segmento a atuar
no estado. O mercado não conhecia esta atividade e a confundia com a propaganda. Foram
necessários muitos anos e muitos encontros com as empresas locais para mostrar a
importância da assessoria de imprensa. Os jornalistas passaram, assim, a ser tratados com a
mesma deferência que as empresas dedicavam aos seus clientes, fornecedores, entre outros
stakeholders.

Hoje o mercado baiano conta com dezenas de agências com foco em assessoria de imprensa,
mas para acompanhar a evolução da comunicação, diversificaram, incluindo serviços como a
gestão das redes sociais, o marketing de conteúdo, prevenção e gestão de crises de imagem,
entre tantos outros. Bom para as instituições que precisam ter visibilidade e uma boa imagem
e para contribuir com a redução dos impactos tão nefastos das fake news. Afinal a informação
correta e de credibilidade são indispensáveis numa democracia.

Cristina Barude
Especialista em Comunicação Corporativa e Liderança Coaching